Este é o relato das férias em auto-caravana que tiveram início em Coimbra a 03-08-2013, passando por Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega, e regressando pelos mesmos países, tendo ainda passado por Andorra.
COIMBRA - NORDKAPE - COIMBRA
Na véspera da saida, atestamos gasóleo em Coimbra, - 37 lts - €51,21 (1,384 €/L Galp)
1º dia, sábado 03-08-2013: Coimbra (Portugal) - San Sebastian (Espanha)
Saída de Coimbra pelas 07H30
Metemos gasóleo no Carrefour de San Sebastian, – 63 lts - €82,78 (1,314 €/L Carrefour)
Chegamos a San Sebastian pelas 20H15
Dormimos na área de serviço de San Sebastian, área "Campingcar-Infos" ASN Nº 6548.
Desta vez esta área de serviço não tinha tanta adesão como o habitual dos anos anteriores. Passado poucos minutos da nossa chegada, apareceu um carro de patrulha da polícia, pararam e efectuaram vigilância a pé verificando o modo como as autocaravanas estavam estacionadas. Nada a comentar, embora louvando esta atitude serena, pois pareceu-me bastante correcta, elucidativa e pedagógica, mesmo com os contactos que tiveram com alguns auto caravanistas.
Distância: 776,8 km
Consumo médio: 9,2Lts
Tempo de Condução: 10H38
Chegada à entrada da área de serviço para autocaravanas de San Sebastian.
2º dia, Domingo 04-08-2013: San Sebastian (Espanha) - Lamotte Beuvron (França)
Saida de San Sebastian pelas 09H15
Chegamos a Lamotte Beuvron pelas 20H15
Dormimos na área de serviço de Lamotte Beuvron, área NKC ID 10349.
Tinha programado ficar na área de serviço de "Nouan-le-Fuzelier" "Campingcar-Infos" ASN Nº 6306. No entanto esta área revelou-se uma verdadeira desilusão. Esta área de serviço tinha a torneira inóperacional, encontra-se por detrás da estação dos caminhos de ferro, a somente 5mts dos carris. Um martírio passar aí a noite com os comboios a passar a alta velocidade. Resolvemos avançar para a próxima povoação, somente a 7,5Km, Lamotte Beuvron. Aqui descobrimos uma área de serviço com pernoita. Área muito boa. Recomendo. Todos os serviços gratuitos, embora o despejo das águas cinzentas não seja nada fácil. Quando cheguei, ainda tive lugar para pernoitar, embora passado pouco tempo, estaria superlotada.
Distância: 678,9 km
Consumo médio: 9,7Lts
Tempo de Condução: 08H57
Área de serviço de Lamotte Beuvron.
Área de serviço e pernoita de Lamotte Beuvron
Canal contíguo à área de serviço.
3º dia, Segunda-Feira 05-08-2013: Lamotte Beuvron (França) - Dulman (Alemanha)
Saida de Lamote Beuvron pelas 08H30
Metemos gasóleo antes de Orleans, – 73,81 lts - €98,76 (1,338 €/L)
Metemos gasóleo em Dulmen, – 66,47 lts - €91,00 (1,369 €/L)
Chegamos a Dulman pelas 21H00
Dormimos na área de serviço de Dulman, área "Campingcar-Infos" ASN Nº 5749.
Chegamos a Dulman com a intenção de pernoitar na área de serviço "Campingcar-Infos" ASN Nº 16118. No entanto esta não se tratava de área de serviço mas sim local de pernoita (sem serviços). Decidimos em boa hora rumar para a ASN 5749. Esta sim, com possibilidade de efectuar despejos, atestar com água e conectar à electricidade mediante pagamento Muito sossegada. LIDL mesmo ao lado e bombas de combustível da parte da frente. Também recomendo.
Distância: 773,2 km
Consumo médio: 9,4Lts
Tempo de Condução: 10H14
Local de pernoita na área de serviço de Dulman.
Área de serviço de Dulman.
Área de serviço de Dulman.
4º dia, Terça-Feira 06-08-2013: Dulman (Alemanha) - Copenhaga (Dinamarca)
Saida de Dulman pelas 08H15
Metemos gasóleo em Flensburg (antes da fronteira com a Dinamarca), – 49,58 lts - €59,00 (1,404 €/L)
Chegamos a Copenhaga pelas 20H00
Dormimos no Parque de Campismo "Bellahoj Camping", (a área de serviço City Camp é muito pequena e estava superlotada), parque "Campingcar-Infos" AC Nº 21370.
Preço:
Adulto - 68 DKK
Criança até 13 anos - 35 DKK (Não precisei :) )
CC - 15 DKK
Electricidade - 30 DKK (Não precisei)
Taxa fiscal do ambiente (imposto ecológico por pessoa) - 5 DKK
Bom parque de campismo, com piso de relva e preparado para todas as actividades de manutenção das autocaravanas. Não muito longe do centro da cidade, somente a 4,5 Km. A 5 minutos do parque podemos apanhar o autocarro 2A que passa de 6 em 6 minutos, com o preço de um bilhete a custar 24 DKK ou um "livro" de 10 viagens a custar 145 DKK.
A viagem, embora muito longa e apanhando muito vento, principalmente nas pontes próximo da fronteira entre a Alemanha e a Dinamarca, correu bem. Foi cansativa, mas como era a primeira vez que andávamos para estes lados, tudo era novidade o que ajudou a "encobrir" o cansaço. A chuva continuava sem aparecer, o que era bom principalmente para a condução, pois assim conduzia mais descansado, nas belas auto-estradas Alemãs onde na sua maioria não aparece a placa de limite de velocidade mas sim a velocidade recomendada. Até a autocaravana abanava com a "fúria" dos BMW, Mercedes, Porches, Audis, e outros a ultrapassar-me.
Chegamos a Copenhaga com a intenção de pernoitar-mos na área de serviços e pernoita de Copenhaga "City Camp", mas esta estava lotada. na recepção indicaram-me como alternativa o parque de campismo "Bellahoj Camping". Recomendo. Ainda cheguei a colocar como hipótese a de ficar estacionado á beira da estrada, em frente à área de serviço, mas um transeunte alertou-me para que a polícia poderia ser intransigente. Estamos de férias e não quero problemas, logo resolvi avançar para o parque de campismo sugerido. Fiz bem, pois o mesmo é muito sossegado e como no dia seguinte iríamos visitar Copenhaga, assim ficaríamos descansados.
Distância: 812,5 km
Consumo médio: 9,0 Lts
Tempo de Condução: 11H11
Chegada a Hamburgo.
Fronteira entre a Alemanha e Dinamarca.
Entrada na Escandinávia. Grande momento... Alerta, nos 4 países escandinavos é obrigatório circular com os médios acesos.
Chegada à "Ponte do Grande Belt" (Storebæltbroen) que une as ilhas Zelândia e Fiónea. Esta ponte tem portagem de 355 DKK.
àrea de serviço de Copenhaga "City Camp" superlotada.
Copenhaga à noite.
Parque de Campismo Bellahoj.
5º dia, Quarta-Feira 07-08-2013: Visitar Copenhaga
Embora cansados, depois de ter-mos percorrido mais de 3000 Km em apenas 4 dias, acordamos cedo e "metemos os pés ao caminho" pois tínhamos ficado com "água na boca" quando na véspera passamos pelo centro da cidade a caminho do parque de campismo.
Iniciamos a pé a caminhada entre o parque de Campismo e a paragem do autocarro, conforme as indicações precisas que nos deram na recepção do parque. As dificuldades começaram dentro do autocarro, pois embora com o mapa aberto, as indicações que apareciam no mostrador nada condiziam com as ruas do mapa. Resolvi perguntar a um ocupante, o qual de modo pachorrento disse-me para sair na próxima 3ª paragem. Mais uma indicação precisa. Começo a gostar dos Nórdicos. :)
Chegamos ao Tivoly. Centro da Cidade. Estava ainda tudo fechado. A Azáfama era muita, mas tudo muito ordenado, sem correrias nem gritos. Comecei a pensar que por aqui ninguém morre de stress.
Tinha um roteiro com um mapa da cidade, onde estavam marcados alguns percursos pedonais, os quais percorriam algumas das principais atrações da cidade. Resolvemos iniciar o trajecto percorrendo um dos dois percursos, regressando por outro. Boa decisão.
Sabia-mos que o Render da Guarda Real no "Amalienborg Palace" realizava-se pelas 12H00, como tal começamos a programar o percurso e controlar as horas.
Passamos ao lado da "Town Hall" - Câmara Municipal onde apreciamos a sua arquitectura. Muito bonita.
De seguida passamos para o "Christiansborg Palace". Sede do poder Legislativo, Executivo e Judicial da Dinamarca. Também a não perder.
Avançamos para "Nyhavn". Canal onde se encontram belas embarcações, algumas ainda a velas, e de onde partem excursões de barco, ladeada por casas muito coloridas. Momento alto da visita a Copenhaga.
Continuamos o nosso percurso em direcção ao "Amalienborg Palace". Eis quando nos deparamos com a placa da Embaixada de Portugal. A curiosidade veio ao decima e resolvi entrar. Como ninguem me perguntou o que eu andava por ali a fazer, resolvi continuar a entrar. Bem, cheguei ao estacionamento das viaturas onde descobri quais os carros distribuídos à Embaixada. Um BMW Z3 e um SUV Mercedes. Nada mau...
Eis chegados ao "Amalienborg Palace". Muito lindo, com os quatro edifícios a rodear a praça onde se efectua o famoso "Render da Guarda Real". Ao fundo a Igreja de mármore (Marble Church). Cenário grandioso.
Depois de termos assistido ao render da guarda real (valeu a pena), fomos almoçar no jardim real, mesmo em frente ao palácio. de seguida marcamos mais outro objectivo. O de ir ver a "Pequena Sereia". Para isso iniciamos a caminhada, visitando no caminho a Igreja de mármore (Marble Church), a igreja Russa (Russia Church), a Igreja Anglicana (St Alban's Church), O fontanário oferecido à cidade de Copenhaga pela "Fundação Carlsberg" e que simboliza a história mítica da criação da ilha de Zealand.
Mais uns metros à frente e eis que aparece um grande aglomerado de pessoas junto ao mar. É a pequena Sereia.
Hora de regressar ao Tivoli, não sem antes passar pelo forte (Kastellet), Castelo (Rosenborg Castel), Biblioteca, Catedral e universidade.
Tivoli, ainda por abrir.
Town Hall, de facto muito bonito.
Parque junto ao Town Hall. Curioso os "sacos" na base das árvores. Protecção?... Talvez, mas protecção de quê ou de quem? Quem souber que me diga. Eu agradeço.
Este é um dos muitos "parques de estacionamento" que se pode encontrar em Copenhaga. Reparem, nem uma única com corrente e cadeado.
Christiansborg Palace.
Nyhavn, com as suas casas coloridas, embarcações espectaculares e inicio de passeios de barco. Lindo, mesmo.
Bandeira Portuguesa em Copenhaga! Que será?
É a Embaixada Portuguesa, sem dúvida.
Aí está a praça central do "Amalienborg Palace" com a igreja de mármore ao fundo.
Render da Guarda. Bonito espectáculo, muito solene e tudo muito sincronizado.
Igreja de mármore. (Marble Church).
Igreja Russa (Russia Church).
Igreja Anglicana. (St Alban's Church)
Fontanário. (The gefion Fountan).
A Pequena Sereia. (The Little Mermaid)
Forte. (Kastellet).
Castelo. (Rosenborg Castel)
Biblioteca.
Catedral. (Copenhagen Cathedral)
Mais um "parque de estacionamento" junto ao Tivoli.
Para terminar a visita a Copenhaga, nada melhor que provar a "gastronomia" da região.
6º dia, Quinta-Feira 08-08-2013: Copenhaga (Dinamarca) - Estocolmo (Suécia).
Saida de Copenhaga pelas 09H00
Metemos gasóleo em Copenhaga (antes da fronteira com a Suécia), – 29,25 lts - 300,10 DKK (10,26 DKK/L = 1,375 €/L)
Chegamos a Estocolmo pelas 17H30
Dormimos na área de serviço de Estocolmo (Langholmens Husbilscamping - http://www.husbilstockholm.se) AS "Campingcar-Infos" ASN Nº 1714.
Preço:
Por noite: 210 SEK
Electricidade: 30 SEK
Boa área de serviço, onde só são aceites autocaravanas. Muito espaçosa com 80 lugares, embora passado pouco tempo de termos chegado, ficasse quase lotado. Muito lindo e agradável, mesmo junto à água, e a menos de meia hora (a pé) do centro da cidade. Vale a pena fazer este trajecto a pé. Estranho é o de não existir passagem do lado da recepção para o parque (só a pé) existindo uma barreira de betão a dividir. temos de atravessar duas pontes e circular pela estrada!
Esta viagem foi um autêntico tormento, pois apanhamos chuva, chuva e mais chuva. Incrível como existe tanta água no ceu!!!
Saimos do parque de campismo de Copenhaga já com chuva, embora ligeira. Quando chegamos ao tunel e ponte "Oresund" (fronteira entre Dinamarca - Copenhaga, e Suécia - Malmô), um dos pontos altos desta viagem, pois tinha muita curiosidade em a atravessar e apreciar a paisagem que imaginava se pudesse vislumbrar, apanhei uma grande desilusão, pois quase nada se podia ver devido à chuva.
Suécia... Cheguei à Suécia. Yupiii. Que alegria. Mas não se consegue ver "um palmo à frente". Que pena. Malmô; Joncoping, com o seu lago; Lincoping; Norrkoping; Estocolmo. Água, água e mais água, tanto vinda de cima em forma de chuva, assim como lagos e mais lagos. Pelo meio muito pinheiro da escandinávia, com uma ou outra casa, todas de cor vermelha que sobressaiam do meio das árvores, e algumas (poucas) searas de trigo. Bem, trigo deste ainda não tinha visto, pois este cereal não tinha mais do que um palmo de altura. Parecia raquítico, e ainda estava verde. Pudera, devido à neve, as sementeiras devem ser efectuadas muito tarde.
Bem, ai estamos nós a chegar a Estocolmo. Com o tempo como estava, resolvemos ir diretamente para a área de serviço.
Que tempo horrivel... foi fazer a inscrição, estacionar, jantar e dormir, pois estava-mos muito cansados e tristes. Segundo informava o nosso Tom Tom Caravan, no seu serviço live estava a informar que no dia seguinte já estaria bom tempo. Bem, faltam poucas horas para vermos se "Os Deuses" estariam do nosso lado para podermos visitar Estocolmo.
Distância: 688,6 km
Consumo médio: 9,2 Lts
Tempo de Condução: 09H22
Ainda em Copenhaga, mas as nuvens no horizonte não auguram grande dia.
Primeiro o Tunel por baixo do mar e de seguida a Ponte Oresund, com Malmô do outro lado.
Lincoping. A chuva era tanta que chegou a entrar água pelo aparelho de ar condicionado, colocado no teto.
Estocolmo, não se via um palmo à frente.
A.S. de Estocolmo. Muito lindo, perto do centro de Estocolmo e sossegado. Recomendo.
7º dia, Sexta-Feira 09-08-2013: Visitar Estocolmo
Depois do temporal do dia anterior, acordamos com um dia que, embora enevoado, pelo menos não chovia. Sabia o que queria visitar, e ai vamos nós, equipados com capas impermeáveis, de mochila às costas, comida, bebidas, mapas oferecidos pela menina da recepção na A.S....
A viagem é lindíssima. Junto ao canal, com os barcos de recreio ancorados nas margens, com Estocolmo de fundo. 20 minutos neste cenário, até chegar-mos à ponte que nos leva ao centro de Estocolmo.
A primeira imagem de Estocolmo é agradável. Nos carros, continua a imperar os Volvos e Saabs, as meninas loirinhas, e as casas todas harmoniosas, sem se vislumbrar aquelas torres que imperam nas capitais dos países Europeus mais a sul.
Chegamos a "Riddar-Holmen" e "Gamla Stan". Ainda era muito cedo, mas com o início das queixas da Guida devido a estar com os pés com foles, tudo devido a ter calçado umas sapatilhas sem ter calçado meias, resolvemos dirigirmo-nos ao centro da cidade para comprar um par de meias. Ai, ai, como se diz "meias" em Sueco? Bem, toca a correr todas aquelas casas comerciais, que existem em largas dezenas nesta parte da cidade, até encontrar-mos o que procurávamos. Estamos safos.
Aproveitamos para comprar algumas lembranças, poucas pois era tudo muito caro, e ter de andar sempre com a calculadora na mão fazia-me lembrar na minha juventude quando ia-mos a Espanha (Fuentes de Onoro) comprar os caramelos, fazendo o cambio do Escudo para a Peseta. Mas isso são outras histórias.
Começamos por visitar a "Tyska Kirkan" (Igreja Alemã), tendo de seguida passado para o Palácio Real (The Royal Palace) onde assistimos ao render da guarda. Que me perdoem os Suecos, mas este render da guarda nada tem a ver com o de Copenhaga. Muito mais informal e desordenado. Os próprios guardas falavam uns com os outros, riam. Estavam na maior.
Deslocamo-nos para a Catedral de Estocolmo (Stor-Kyrkan) e de seguida paramos na bonita praça "Stortorget" onde podemos apreciar as bonitas casa coloridas e a Academia Sueca e Museu Nobel (Onde decorre anualmente a entrega dos prémios Nobel), assim como alguns cafés e restaurantes e um fontanário ao centro. Depois de visitar tudo isto, aproveitamos para almoçar nesta praça.
Da parte da tarde, fomos visitar o Parlamento Sueco, Opera de Estocolmo, e de seguida umas galerias comerciais monstruosas (Bik Bok AB Gallerian), de onde partimos para o "Hard Rock Café". Espectáculo, Gostei mais do que o de Copenhaga. É claro que a Filipa comprou uma camisola alusiva. Já tinha de Lisboa, Madrid, Praga, Copenhaga, e agora de Estocolmo.
Os pés da Guida estavam outra vez a "dar de si", como tal decidimos regressar à A.S., não sem antes passarmos pela Câmara Municipal de Estocolmo"The City Hall". Muito lindo, onde realça a cor vermelha dos tijolos de que é feito. Possivelmente é a silhueta mais conhecida de Estocolmo com vistas magníficas, onde também se realiza o famoso "Banquete Nobel"
Agora sim, as horas não param, o cansaço é muito e a fome já aperta. Felizmente a chuva deu-nos tráguas durante todo o dia.
Viagem pedonal entre a A.S e o Centro de Estocolmo.
The City Hall
Centro de Estocolmo. Vasterlanggatan - Gamla Stan.
Tyska Kyrkan. (Igreja Alemã).
Render da guarda no Palácio Real. (The Royal Palace).
Catedral de Estocolmo. (Stor Kyrkan).
Praça "Stortorget".
Academia Sueca.
Opera de Estocolmo.
Galerias de Estocolmo.
Próximo da A.S.
Recepção da A.S.
8º dia, Sábado 10-08-2013: Estocolmo - Ornskoldsvik.
Saida da A.S. de Estocolmo cedo, pelas 08H15
Metemos gasóleo logo à saida de Estocolmo, – 61,27 lts - 881,06 SEK = €101,54 (14,385 SEK/L = 1,658 €/L)
Chegamos a Ornskoldsvik pelas 20H30
Dormimos na área de descanso da auto-estrada onde se situava a A.A "Campingcar-Infos" AA Nº 15295. (Sómente para passar a noite é suficiente).
Preço:
Gratuito
Acordamos cedo, com o sol a querer despertar. não demoramos muito a sair da A.S. Mesmo à saída de Estocolmo, atestamos de Gasóleo e combinamos que mal encontrasse-mos um supermercado, teríamos de abastecer com mantimentos. É que nunca se sabe o que iríamos encontrar mais para norte.
Foi uma viagem sem grande história, somente registando que em Uppsala vislumbramos um Ikea (mais um, não estivesse-mos nós na Suécia), e se fosse como em Portugal, onde está um Ikea, está por perto um supermercado ou hipermercado. Assim foi. Não me perguntem como se chamava pois recuso-me a dizer...
O tempo estava estranho, pois tanto vinham aguaceiros muito fortes, como de seguida rompia o sol.
Depois de percorridos já muitos quilómetros por estradas Suecas, verifico que as raras searas que ainda se viam no sul, tinham desaparecido, havendo somente muitos lagos, (uns a seguir aos outros), florestas intermináveis de matas de pinheiro nórdico, onde muito raramente se conseguia ver umas casitas (todas de cor vermelha). Nunca vi uma sementeira de batata, feijão, uma couve, uma galinha ou mesmo milho. um ou dois cavalitos de vez em quando. Tudo plano, quase ao nível da água. Tornava-se "enfadonho" pois a paisagem não mudava, e as povoações eram muito raras.
O local de pernoita era sossegado e agradável. No meio da floresta, próximo da auto-estrada. Noutro país mais a sul não sei se ficaria, mas estava-mos na Suécia, onde o banditismo e criminalidade eram residuais ou mesmo nulos. Por aqui não tenho receio de andar e ficar nestas condições.
Distância: 564,2 km
Consumo médio: 8,5 Lts
Tempo de Condução: 08H02
A.S. Estocolmo. Acordamos com sol. 07H00 da manhã e já com este sol.
Ikea de Uppsala.
Quinta com casa vermelha característica por toda a Suécia.
Renas nem vê-las. Só pinheiro nórdico e lagos. (Os Suecos podiam ter escolhido uma rena menos esbardalhada para este sinal).
Lagos e pinheiro nórdico...
A.S. Ornskoldvik
A.S. Ornskoldvik
9º dia, Domingo 11-08-2013: Ornskoldsvik (Suécia) - Santa Claus, Rovaniemi (Finlândia).
Saida da A.S. de Ornskoldsvik, pelas 08H30
Metemos gasóleo em Ornskoldsvik, – 35,45 lts - 499,14 SEK = €58,78 (14,08 SEK/L = 1,658 €/L)
Metemos também em Kalix, Suécia, antes de passar a fronteira, - 34,41 lts - 490,00 SEK = €57,05 (14,24 SEK/L = 1,658 €/L)
Chegamos a Ornskoldsvik pelas 20H30
Dormimos na área de serviço de Santa Claus, Rovaniemi, Finlândia, A.S. CCI 5641. (A.S. com Internet gratuita. A torneira da água potável só se abre com alicate).
Preço:
Gratuito
Acordamos de manhã com um camião da TIR a aquecer o motor para iniciar mais uma viagem. Tudo normal. Estava a começar um dia sem chuva, mas com o céu enevoado. Pelo menos não chovia.
O grande objectivo para este dia era entrar na Finlândia e conhecer Santa Claus, Terra do Pai Natal. (Desculpem-me mas sou um pouco "lamechas" e o Natal é e será uma época mágica para mim, logo sentia-me quase como reviver a minha meninice).
Conforme disse, iniciamos a viagem sem chuva, mas foi por pouco tempo, pois logo passado pouco tempo, aí estava ela a cair..
A paisagem continuava a ser igual. Estrada em bom estado, mata, mata, mata... água, água, água... Por vezes lá estava meia escondida uma das casas vermelhas, e de muito longe a longe, algumas povoações, todas elas acolhedoras e na sua maioria não mais do que 20 a 30 casas.
Na hora do almoço, próximo de Javre, e com a fome a aparecer, vislumbramos um amontoado de autocaravanas próximo da água, numa baia muito bonita. era uma área de serviço, com praia e tudo gratuito. Um luxo... Trata-se da A.S. Campingcar-Infos" AA Nº 6030. Confesso-vos... uma maravilha. O tempo estava ensolarado. Almoçamos, tiramos fotos, efectuamos a respectiva manutenção da autocaravana, fui testar a temperatura da água (só com a mão, claro), e seguimos viagem, encantados com aquela paisagem. A Finlândia esperava-nos.
Antes de chegar à fronteira, apanhamos uns poucos de quilómetros de estrada em manutenção. Estranho, pois ainda foram alguns quilómetros em estrada com piso de cascalho solto, o que me meteu alguma aflição, pois mesmo a 30, 40 Km/h, as pedras batiam estrondosamente por baixo da autocaravana. Bem, passou sem mal maior, mas surpreendeu-me as condições muito más de circulação.
Passado pouco tempo, aí estava a fronteira. Estava-mos na Finlândia. Mais uma meta conquistada.
Não notamos muita diferença, excepto quando passamos da estrada "E8" para a "E75"em direcção a Rovaniemi, pois tornou-se mais apertada e com o piso muito irregular, mas nada que se parecesse com os últimos quilómetros na Suécia.
Chegamos a Santa Claus. Embora já tarde, 21H30, ainda estava com o sol alto. Estava-mos no Circulo Polar, logo o Sol, segundo diziam, quase não se punha, e mesmo quando se escondia, nunca era completamente escuro. Assim que entramos no recinto de Santa Claus, parece que chegamos a outro mundo. É indescritível. O espírito Natalício estava no ar. O "Velhote de barbas" estava em todo o canto, e os altifalantes estavam 24 sobre 24 horas a tocar as músicas natalícias. Encontrava-me nas "minhas sete quintas".
Paramos a auto-caravana ao lado de mais outras 12 que por aí se encontravam, e resolvemos dar uma volta pelo recinto. Fiquei sem palavras. Nem fome, nem sono. Parecia-mos umas crianças.
VIVA O NATAL.
Distância: 619,2 km
Consumo médio: 8,4 Lts
Tempo de Condução: 09H15
A.S. Ornskoldsvik
A.S. Ornskoldsvik
Casa de campo vermelha "escondida" na floresta.
Mais outras...
Paisagem Sueca. O verde predomina.
A.S. de Javre, Suécia.
A.S. de Javre, Suécia.
Estrada em manutenção.
Fronteira Suécia - Finlândia.
Fronteira Suécia - Finlândia.
A paisagem continua idêntica à da Suécia.
Finalmente, Santa Claus
Santa Claus. Foto tirada à 01H17 da manhã.
Área de serviço. Foto tirada às 01H21 da manhã.
Círculo Polar. 01H40 da manhã.
Marco quilométrico em Santa Claus. 01H45 da manhã.
Nascer do Sol em Santa Claus. 01H49 da manhã.
10º dia, Segunda-Feira 12-08-2013: Santa Claus, Rovaniemi (Finlândia) - Karasjok (Noruega).
Saida da A.S. de Santa Claus, Rovaniemi, pelas 14H00
Metemos gasóleo em Karasjok, – 68,64 lts - 1000,08 NOK = €128,01 (14,57 NOK/L = 1,865 €/L)
Chegamos a Karasjok pelas 21H30
Dormimos na área de serviço de Karasjok, Noruega, A.S. CCI 11065. (A.S. muito boa, com estacionamento e tudo gratuito).
Preço:
Gratuito
Escusado será dizer que ninguém dormiu. Embora deitados, a tentar descansar do cansaço da viagem, estava-mos constantemente a olhar em redor, observando o movimento e olhando para o céu. Estranho, mesmo, pois mesmo entre as 11H30 e as 02H00 da manhã, nunca ficou muito escuro. Era completamente visível todo o horizonte.
Tinha-mos decidido que durante a manhã iria-mos visitar Santa Claus Village e logo após o almoço, sairia.mos em direcção ao Norte, ficando próximo de Inari. Planos planos...
Pelas 09H00 em ponto, aí estava-mos nós a visitar todo aquele espaço mágico. A casa do Pai Natal, lojas e lojinhas, o correio local, renas, matilhas de huskies ou "cães esquimós", tudo tinha a ver com o Natal, a Lapónia, os Lapões ou povo Sami.
Tiramos uma foto na "casa do Pai Natal" junto do "Velhote das barbas", compramos uns postais que depois de preenchidos, colocamos no marco do correio para chegarem ao destino próximo do dia 25 de Dezembro, Tiramos fotos e mais fotos, almoçamos e metemo-nos à estrada. Só pelo que passamos em Santa Claus, já tinha valido a pena todos os quilómetros percorridos desde Coimbra. Já lá iam quase 5000 Km.
A estrada continuava a ser estreita, com grandes retas, mas com piso algo irregular. Entretanto algo a mecher aparece junto à estrada. É isso mesmo são elas, as Renas. Uau, elas existem mesmo... Bem dizia o Pai Natal, que iria-mos encontrar muitas. Pai Natal não mente...
Ao chegar a Inari, e ao verificar as áreas de serviço existentes e mesmo os parques de campismo, algo não nos inspirava confiânça. Tudo muito desértico, no meio da floresta, isolado, e as únicas pessoas que se viam era membros do povo Sami, nos seus rituais. Decidimos seguir viagem até à próxima povoação. Mas nada.
Quilómetro após quilómetro, e povoação nada de nada. O depósito do Gasóleo estava quase seco. A fronteira estava perto, e eu sabia que logo após a fronteira, já em território Norueguês, existia uma povoação grande, Karasjok. Parecia que mais nada havia a fazer que não fosse seguir viagem, mesmo com o enorme cansaço com que estávamos.
Passamos a fronteira, entramos em Karasjok e eis que aparece umas bombas de gasolina da ESSO. Atestamos e perguntamos onde poderia-mos pernoitar. Indicou-nos o parque de campismo. ao deslocarmo-nos para o parque de Campismo, verificamos que no caminho encontrava-se uma área de serviço. Resolvemos explorar esta hipótese e em boa altura que a tomamos. Tratava-se de uma área de serviço, com muito boas condições e com estacionamento contíguo. Não é tarde nem é cedo. Ficamos por aí.
Distância: 440,9 km
Consumo médio: 8,6 Lts
Tempo de Condução: 06H32
Santa Claus Village
Casa genuína do povo Sami, construída com pele de renas.
Posto dos correios em Santa Claus Village.
Linha do Circulo Polar que atravessa Santa Claus Village.
Certificado.
As Renas sempre existem mesmo.
Estrada próximo da fronteira com a Noruega. Muito sinuosa e estreita. Dificilmente passa uma autocaravana por outra sem ir à valeta.
Fronteira entre a Finlândia e a Noruega.
Finalmente a Noruega.
A paisagem na Noruega não difere. Muita água, mata e longe a longe, uma casita vermelha no meio da floresta.
11º dia, Terça-Feira 13-08-2013: Santa Claus, Karasjok - Nordkape.
Saida da A.S. de Karasjoki, pelas 08H45
Chegamos a Nordkape pelas 15H30
Dormimos no parque de estacionamento de Nordkape, A.S. CCI 13562. (Pelo preço, nem água, nem nada. sómente direito a estacionar).
Preço:
650 NOK = € 83,2 (estacionamento com acesso ao recinto e centro comercial durante 48H00)
Esta foi uma verdadeira noite de descanso. Mal acabei de comer algo, adormeci de imediato, tendo só acordado pelas 07H00 com o sol bastante alto e a entrar pela clarabóia. A claridade era tanta que não dava mesmo para dormir. Sensação esquisita a de não ver noite.
Tomamos o pequeno-almoço, fizemos a manutenção à auto caravana na E.S. que tinha condições excelentes, tudo gratuito, e iniciamos viagem. Sim, era hoje o grande dia por que ambicionava-mos e tínhamos percorrido tanto milhar de quilómetro. O Cabo Norte esperava por nós.
A paisagem já não era a mesma. A mata densa de pinheiro nórdico já rareava, as renas eram mais que muitas, aparecendo no meio da estrada em verdadeiras manadas. parecia cada vez mais vales com capim e montes escarpados e áridos.
Apareceram os primeiros túneis, estreitos e sem nenhum tipo de acabamento, vendo-se as rochas esculpidas nas paredes e abóbada, estando as valetas atulhadas de pedras, o que pressupunha que elas se tinham solto das paredes do túnel. Imagem algo assustadora.
Eis então que surge o "Nordkapptunnelen", o qual tinha acabado de se pagar portagem para o atravessar. Este túnel liga a Noruega continental à ilha de Magerøya, sob o mar, tendo em média 9% de inclinação, com um comprimento de 6875mts de comprimento e uma profundidade máxima de 212 mts abaixo do nível do mar. A largura não é muita, e como não estava à espera de tal situação, com uma inclinação tão pronunciada, confesso que tive algum receio.
Fizemos um pequeno desvio até Honningsvag. Povo piscatório com porto onde os grandes barcos de cruzeiro atracam. Muito bonito.
Seguimos viagem, e depois de alguns quilómetros de sobe e desce, com algumas inclinações muito acentuadas, eis que vislumbramos o Nordkape. Para entrar tivemos de pagar uma taxa de 650 NOK que nos dava direito a permanecer durante 48H00 (245 NOK por pessoa e 160 NOK se for estudante Europeu).
O sonho estava a realizar-se.
No parque encontravam-se algumas dezenas largas de auto caravanas, assim como 4 camionetas (1 Norueguesa, 1 Finlandesa e 2 Russas). O tempo estava algo encoberto, o que não pronunciava nada de bom para quem tinha acabado de fazer quase 6000 km. A temperatura também tinha descido em flecha, mas pelo menos não chovia nem estava muito vento.
Depois de nos agasalhar-mos como se fosse-mos para o polo norte. Ao chegarmos ao edifício, reparamos que à entrada encontrava-se uma bicicleta de dois lugares com uma bandeira Portuguesa. Yupii, encontra-se sempre um Português em qualquer sítio mais remoto. Até no Cabo Norte.
No edifício, alem da zona comercial, encontra-se também um restaurante, um túnel ladeado por pequenas salas onde se podia encontrar as passagens mais significativas do Cabo Norte, desde a sua descoberta, assim como uma pequena capela. No final do tunel existe um miradouro, virado a norte, com um varandim sobre o mar. Muito lindo, mas muito frio e ventoso. Brrrrrr. No início no dito túnel existe uma sala cinematográfica onde está continuamente a passar um filme sobre o Cabo Norte. Muito sugestivo.
No seu interior pode-se ouvir uma música de fundo, constituída por vários sons que lembram o vento a passar pelos rochedos, os sons guturais das aves e as ondas do mar a bater nas escarpas. Tudo isto induzia-nos um sentimento estranho de solidão, misturado de mistério, o que nos deixava com uma sensação de melancolia. Muito triste mas revelando também uma sensação de serenidade.
Tudo fizemos para passar o tempo, pois o que queria-mos era de facto ver o famoso "Sol da Meia Noite". Bonito, bonito, bonito... Mesmo com o céu algo enevoado, foi visível esta passagem, embora já estivesse-mos a 13 de Agosto, tendo sido o Solstício a 21 de Junho. Inesquecível.
A noite foi passada a tirar fotos e a meditar. Muita coisa nos passa pela cabeça, naquele lugar tão remoto. Sem dúvida que é um ponto alto na carreira de qualquer autocaravanista.
Pouco mais há para ver ou fazer, pelo que resolvemos ir dormitando aos bocados, para no dia seguinte seguir-mos viagem de regresso.
Distância: 274,8 km
Consumo médio: 7,7 Lts
Tempo de Condução: 05H11
A.S. Karasjok
Paisagem próximo do Cabo Norte
Habitação tradicional desta zona.
Alem das renas, as ovelhas também não querem sair da estrada.
Renas e mais renas.
Nordkapptunnelen
Chegada a Nordkape
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