Continuação do post: Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte, República da Irlanda, País de Gales 2016 (Parte 1)
12º dia, Quarta-Feira 27-07-2016: Cairnryan (Escócia) - Carrickfergus, Belfast (Irlanda do Norte)
Saída de Cairnryan pelas 03H00.
Metemos gasóleo em Bushwills – 18,2 lts - £ 20 (109,9 Pence/L - 1,32 €/L)
Chegámos a Carrickfergus pelas 06H50 ( 19H15 após passeio a "Calçada dos Gigantes")
Travessia de barco entre Cairnryan e Belfast: €160,93
Dormimos na área "Campercontact: Harbour Parque de estacionamento (sitecode: 26667)".
Latitude : (Nord) 54,71346º
Longitude : (Est) -5,80895
O relógio despertou às 02H30. Toca a levantar e dirigir-me para o cais de embarque da "Stena Line". A viagem de barco até Belfast foi feita sem nenhum sobressalto tendo iniciado pelas 04H00 e terminado às 06H15. Pelas 05H00 começou a clarear e assim podíamos ver a costa da Irlanda a aproximar-se. Quando desembarcamos, dirigi-me para a área de serviço de Carrickfergus onde estava previsto passar as próximas duas noites. Como ainda era muito cedo, e após uma noite perdida, aproveitamos para dormir durante duas horas. Foi quanto chegou para recuperarmos algumas energias. Quando acordámos, demos seguimento ao plano traçado cujo destino principal era visitar a costa norte da Irlanda do Norte onde se pode apreciar as "Pegadas do Gigante". Pelo que parece, esta é a principal atracção deste País. Nada de extraordinário, mas olhando ao espectáculo completamente natural assim como pela organização quase perfeita, vale a pena a visita. Como nota a realçar vale a pena referir que se estacionar a viatura na proximidade do recinto, temos de pagar £6 pelo estacionamento e depois na bilheteira, pagar por cada entrada de adulto £9. (Já agora vale a pena informar que estes estacionamentos estão sempre lotados). Se optarmos por estacionar no “Park and Ride” de Bushmills, além de não pagarmos estacionamento, a viagem de autocarro até ao recinto é gratuita e cada entrada de adulto fica por £7. Vale a pena não levar a viatura para a enorme confusão dos parques de estacionamento do recinto. Uma chamada de atenção para a beleza da paisagem de toda a costa Irlandesa, desde Larne, passando por Cushendall e até Dunseverick. Vale a pena a viagem sempre junto à costa. Quanto à área de serviço, está bem localizada, tem estacionamento gratuito mas pela água pediram-me £2,8 (€3,4) pelo Jeton que dá para 100Lts. Muito dinheiro para 100 Lts de água. A noite, para quem gosta de dormir cedo, existe um problema, pois alguns jovens escolhem este parque de estacionamento para efectuar algumas manobras tipo slalon com os seus carros transformados. Este "espectáculo" acontece aproximadamente após o jantar, pelas 22H30 e termina pela meia-noite. Após esta hora o sossego é quase total.
Entrada das viaturas no barco da Stena Line.
Aproximação ao porto de Belfast.
Imagem parcial do enorme parque de estacionamento ao redor da área de serviço.
Bonita imagem da costa da Irlanda do Norte.
Vista sobre Glenarm.
Calçada dos Gigantes.
Calçada dos Gigantes.
Calçada dos Gigantes.
Distância: 251,3 km
Velocidade média: 41 KM/h
Consumo médio: 7,5Lts
Tempo de Condução: 06H06
13º dia, Quinta-Feira 28-07-2016: Visitar Belfast
Saída de Carrickfergus para Belfast pelas 12H20.
Chegámos a Carrickfergus vindos de Belfast pelas 18H50
Dormimos na área "Campercontact: Harbour Parque de estacionamento (sitecode: 26667)".
Latitude : (Nord) 54,71346º
Longitude : (Est) -5,80895
A noite foi sossegada após as 00H30, pois até aí um grupo de jovens desnorteados divertiu-se com os seus carros transformados, a fazer corridas, com os tubos de escape a produzir autênticos estoiros devido aos “rateres”. Aqui parece ser normal este tipo de espetáculo. A manhã chegou com muita chuva. Não estava em condições de irmos para lado nenhum. Por volta do meio dia, o tempo melhorou, mas quando fomos saber o preço dos bilhetes de autocarro de Carrickfergus para Belfast, ia-mos caindo para o lado. Cada bilhete por pessoa ficava por £3,50, ida e volta ficaria por £6,30. (Em euros ficava por €4,2 e ida e volta por €7,56 – os 3 seria €22,68). Muito dinheiro para esta viagem tão pequena. Decidimos então ir de autocaravana para o centro de Belfast. Foi o melhor que fizemos, pois estacionamos no “Park and Ride”, pagamos £2 pelo estacionamento para toda a tarde (Depois das 18H30 não se paga) e ainda tivemos direito ao transporte de autocarro gratuitamente, ida e volta, até mesmo ao centro da cidade que neste caso é o City Hall. Decisão acertada. Entramos no City Hall onde havia um departamento de informações de turismo, mas não conseguimos obter nenhuma informação pois o empregado estava a dormir de tal maneira que alem de ressonar altíssimo, nem quando o chamámos ele acordou. Desistimos e dirigimo-nos a uma delegação de turismo mesmo em frente ao City Hall. Aí informaram-nos quais as maiores atracções da cidade. Uma desilusão. A primeira era a prisão, a segunda era o cemitério e a terceira atracção eram os morais (pinturas nas paredes onde alguns jovens demonstravam a sua indignação e protesto na sua maioria político e religioso onde se pode ver muita raiva contra os Ingleses). Não havia nada de jeito, a não ser as pinturas dos murais. Falaram-nos em passeios turísticos e também na prisão local, mas devido ao escasso tempo que dispunha-mos resolvemos deslocar-nos para a parte da cidade onde podia-mos ver as pinturas nas paredes. Não querendo comentar o aspecto político mas sim a beleza e perfeição de algumas dessas pinturas, posso dizer que fiquei encantado, mas ao mesmo tempo algo temeroso, pois não me posso esquecer que passei a minha juventude a ouvir notícias sobre a guerrilha no Ulster, exército do IRA e os múltiplos atentados. Quando me encontrava a fotografar na parte protestante, alguns jovens ao passar de carro por mim, gritavam agressivamente algo que não entendia, mas amedrontaram-me. As estradas ainda se encontravam interceptadas com portões prontos a serem fechados para isolar e proteger alguns bairros protestantes que mais pareciam autenticas prisões, pois estavam cercados por muros altíssimos estando no cimo deles muito arame farpado. Autênticos bunkers. Algumas igrejas estavam fechadas e outras eram centros comerciais e uma outra até estava à venda. Não consegui encontrar nenhuma que estivesse com as portas abertas. Resumindo, Belfast pareceu-me uma cidade que ainda não sarou as feridas da guerra e podendo em qualquer altura "descambar". Quanto aos interesses turísticos, pouco ou nada existe para mostrar aos turistas: Pinturas murais; Prisão; City Hall; Memorial Titanic... Enfim, já vi muito melhor. Fiquei um pouco desiludido com Belfast, estando completamente em oposição com o resto do país onde as paisagens são lindíssimas.
Entrada do City Hall de Belfast
Secção de turismo dentro do City Hall. Tudo normal não fosse o recepcionista que dormia tão profundamente, mesmo a ressonar, que nem connosco e outros turistas a chamar por ele acordou. Há dias difíceis...
Bonito hall de entrada do City Hall.
Memorial às vitimas do Titanic, no jardim circundante do City Hall
Grupo de jovens a iniciarem mais um mural.
longos murais ao longo de rua divisória de bairro
Bairro de Belfast, completamente cercado e protegido por grades, rede e arame farpado.
Uma das entradas do mesmo bairro com portões altíssimos prontos a isolar a estrada de acesso ao bairro.
Mais murais ao longo do muro que servia de divisória ao dito bairro.
Mais uma estrada com portões de acesso. No mesmo pode-se ler "Road Closed".
Igreja à venda. " For sale".
Mais um mural.
Outro mural.
Ainda um outro mural.
Esta Igreja está transformada em Centro Comercial.
Aqui é proibido beber bebidas alcoólicas em público, assim como antes das 10H00 a venda de álcool também está proibida.
Distância: 37,2 km
Velocidade média: 32 KM/h
Consumo médio: 8,4Lts
Tempo de Condução: 01H08
14º dia, Sexta-Feira 29-07-2016: Carrickfergus, Belfast (Irlanda do Norte) - Kells, Navan
Saída de Carrickfergus pelas 07H20.
Metemos gasóleo em Carrickfergus – 30,27 lts - £ 32,96 (108,9 Pence/L - 1,30 €/L)
Chegámos a Kells, Navan pelas 14H20
Dormimos no jardim circundante da casa dos primos Zeca e Luisa.
O dia nasceu com o céu completamente limpo e solarengo. Mais um dia que se avizinhava sem chuva. Mas que tempo espectacular que estávamos a apanhar por estas terras que diziam chover quase todos os dias. Saímos logo pela manhã com direcção à República da Irlanda, visitando a casa dos primos Zeca e Luísa e pernoitando em Dublin no parque de campismo. Este era o planeado mas não foi concretizado porque os primos não nos deixaram sair sem jantar e pernoitar na autocaravana estacionada no logradouro da casa. Foi bom porque atestamos de água (algo raro no Reino Unido e também na Irlanda, mesmo sendo a água gratuita por estes lados) e com o acesso à internet conseguimos comprar as duas últimas viagens de Ferry, da Irlanda para Inglaterra e de Inglaterra para França. Não foi fácil porque as viagens da Irlanda para Inglaterra estavam todas esgotadas, tanto de Dublin para Holyhead ou Liverpool, como de Rosslare para Fishguard, em todas as companhias de Ferryes que operavam nesses portos. Já nem estava a ligar ao preço das viagens. A situação estava negra. Já estava por tudo e a primeira passagem que estivesse disponível eu comprava. Mas nada feito. A alternativa e única solução conseguida foi uma viagem na P&O de Larne para Cayrnrian, o que implicava voltar para trás. A moral estava em baixo pois teria de fazer uma maratona de Dublin no sul da Irlanda para Larne, logo a Norte de Belfast, para atravessar de barco no dia seguinte entre as 07H30 e as 09H30 e depois ter de descer desde Cayrnian na Escócia até Cardiff no Pais de Gales, atravessando a Inglaterra. Não havia alternativa, e como tal, toca a comprar as viagens antes que estas também se esgotassem. De Inglaterra para França também não estava fácil. Queríamos atravessar o Canal da Mancha de comboio (Le Shuttle), mas estava tudo esgotado. Conseguimos no entanto uma viagem na P&O entre as 22H00 e as 24H00 mas a um preço algo superior ao esperado. É a lei do mercado. Em cima da hora e com muita procura, as viagens disponíveis sobe o preço. Do mal o menos. Travessias compradas, faltava jantarmos em casa dos primos, Convivemos até à uma da manha e caminha que tinha-mos de acordar cedo para nos dirigirmos para Dublin. Muitos quilómetros nos esperavam no dia seguinte.
Não quero acabar o relato deste dia sem deixar um agradecimento aos primos Zeca e Luísa, Telma e Daniel, e os jovens Leonor, Alex e Luna pelo acolhimento e recepção que nos presentearam. Abraço forte.
Despedida da área de serviço de Carrickfergus.
Despedida da Irlanda do Norte e entrada na República da Irlanda. Fim das Milhas e das Libras e início dos quilómetros e dos Euros.
Paisagens magníficas. Tudo é verde.
Todas as casas estavam "semeadas" no meio do verde, rodeadas por bonitos relvados e jardins.
Outra exemplo de casa rodeada pelo relvado.
As estradas, bem, nem tudo é perfeito. Por todo o lado, onde por vezes é impossível passar um carro pelo outro, o limite de velocidade é geralmente 80Km/h. Mesmo à entrada das rotundas. Julgo que deve ter havido lapso na conversão de Milhas para Quilómetros.
Mais uma estrada com limite de velocidade de 80Km/h. Vai lá vai...
80Km/h nesta espécie de estrada com os dois sentidos onde mal cabe a minha autocaravana. Enfim...
Casa dos primos Zeca e Luísa.
Homenagem aos Campeões Europeus de Futebol.
Família reunida. Falta o Daniel e a fotógrafa que é a Filipa.
Local da pernoita, mesmo em frente à casa dos primos.
Esta é a vizinhança dos primos.
Distância: 178,8 km
Velocidade média: 45 KM/h
Consumo médio: 6,9Lts
Tempo de Condução: 03H54
15º dia, Sábado 30-07-2016: Kells, Navan (República da Irlanda) - Whitehead (Irlanda do Norte)
Saída de Kells, Navan pelas 07H20.
Metemos gasóleo em Dundalk – 25,94 lts - € 30,04 (1,158 €/L)
Chegámos a Whitehead pelas 19H20
Dormimos na área "Campingcar-Infos" ASN N° 18671.
Latitude : (Nord) 54.75938°
Longitude : (Est) -5.71987°
Quanto à República da Irlanda tem paisagens lindíssimas, com os seus campos todos verdejantes. Tudo é verde, terras de pasto e mais pasto, sarapintadas com enormes rebanhos de ovelhas e muitas vacas. Quanto a Dublin, resolvemos estacionar num Park and Ride o qual para nossa sorte, aos Sábados Domingos e Segunda Feira (por ser feriado) era gratuito, só se pagando a viagem de metro até ao centro a qual ficava por €4,9 ida e volta, por pessoa. Vale a pena. Identicamente a Belfast, no turismo também nos disseram que as duas maiores atracções eram a prisão e o cemitério. Enfim… Nós não percorremos tantos quilómetros para visitar prisões e muito menos cemitérios. Visitamos sim o Jardim central (St Stephen's Green), lindíssimo. Fomos a duas Igrejas, uma a Catedral de Dublin (St. Patrick's Cathedral) e a outra a Igreja de Cristo (Christ Church Cathedral), mas como tinha-mos de comprar bilhete para entrar e o tempo estava muito à justa pois ainda tinha-mos de ir para Belfast nesse mesmo dia, não entramos. Visitamos o Hard Rock Café de Dublin. ( Já vi melhor). Visitamos a “Primark”, visto ser aqui a origem desta cadeia de lojas de roupa, e como era dia de jogo grande de futebol (Celtic contra o Barcelona) foi um autêntico espectáculo ver e ouvir as claques do Celtic nos múltiplos bares e esplanadas situados nas ruas pedonais. Espectáculo inesquecível. Quanto ao preço da gasolina, na República da Irlanda é bem mais barato, visto que no Reino Unido (Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte), o preço era nas auto-estradas a £1,339 (€1,60) e fora das auto-estradas a £1,119 (€1,34), na República da Irlanda era nas auto-estradas a €1,15 e fora das auto-estradas a €1,11.
Planta do metro de superfície de Dublin.
Vista sobre o rio Liffey
Uma flor muito especial no "St Stephen's Green".
Zona pedonal próximo de "St. Patrick's Cathedral".
St. Patrick's Cathedral
Christ Church Cathedral
Um pormenor: Em todo o reino unido e República da Irlanda todas as passadeiras têm inscrito dos dois lados "LOOK RIGHT" - OLHAR PARA A DIREITA.
Zona pedonal na baixa de Dublin, junto ao "The Temple Bar"
Era dia de futebol pré época Celtic - Barcelona. Todos os bares estavam a abarrotar mas a cerveja e a festa era feita na rua. A festa dos adeptos Irlandeses e Escoceses foi um autentico espectáculo.
Hard Rock de Dublin
Interior do Hard Rock Café.
Fábrica da Guinness. Enorme fábrica de cerveja de Dublin - República da Irlanda.
Metro de superfície de Dublin
Estrada verdejante entre Dublin e a Irlanda do Norte.
Fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.
Área de serviço de Whitehead junto ao campo de golfe, com pernoita possível.
Distância: 300,7 km
Velocidade média: 55 KM/h
Consumo médio: 8,0Lts
Tempo de Condução: 05H27
16º dia, Domingo 31-07-2016: Whitehead (Irlanda do Norte) - Bristol (Inglaterra)
Saída de Whitehead pelas 04H30.
Metemos gasóleo em Shropshire – 54,14 lts - £ 65 (111,8 Pence/L - 1,34 €/L)
Chegámos a Bristol pelas 21H30
Travessia de barco entre Larne e Cairnryan : €233,70
Dormimos na área "Campercontact: C/Bristol/ Parque de estacionamento (sitecode: 48223)".
Latitude : (Nord) 51.595656°
Longitude : (Est) -2.631951°
Depois de uma noite bem passada, eis que chegou a travessia no ferry da Irlanda para a Escócia. Tudo correu bem. Quando iniciamos a viagem não contava-mos com uma viagem tão cansativa. Apanhamos muito movimento, com filas intermináveis próximo de Manchester e Liverpool, chegando mesmo a estar parado na auto-estrada muito tempo. Mas o pior foi quando entramos no País de Gales. Aconteceu um acidente que suponho tivesse sido muito grave pois a auto-estrada com 3 faixas para cada lado foi fechada para poder aterrar um helicóptero. Bem, as filas eram infindáveis, o que foi um grande desafio para a polícia conseguir percursos alternativos para tanta viatura. Estava a contar chegar a Cardiff pelas 19H00 o que devido a esta ultima peripécia, o GPS indicava a hora de chegada pelas 23H20. Não dava, pois ainda teríamos de contabilizar o tempo que teríamos de estar parados para o jantar. Decidimos encurtar o percurso, e em vez de ir-mos pelo interior do Pais de Gales, iríamos a direito desde Wrexham directamente para Bristol. Mesmo assim chegamos perto das 21H30. Falando agora do País de Gales, Este é bastante diferente dos restantes países do Reino Unido ou mesmo da Irlanda. Este é muito mais arborizado.
Nesta latitude, em Whitehead, às 04H39 já é dia claro.
Entrada para o porto de embarque de Cairnryan.
Saída do porto de Cairnryan pelas 05H56.
Durante a viagem, enquanto uns comem, outros vêm a paisagem, outros ainda lêem as ultimas notícias sobre os novos campeões europeus e ainda outro que tira fotografias para mais tarde recordar. Dá para tudo.
No mar da Irlanda, a meio caminho entre a Irlanda e a Escócia, começa a avistar-se as muitas ilhas e ilhéus da Escócia.
Chegada a Cairnryan.
Vista do salão do navio.
Prestes a sair do navio.
Transito muito intenso próximo de Manchester. Carros parados em filas infindáveis em plena autoestrada.
Esquisito mas verdade. Cruzamento em plena autoestrada com o transito comandado com semáforos.
Saída de Inglaterra e entrada em Gales.
Estrada em Gales densamente arborizada.
Local de pernoita na margem do rio Severn, do lado de Bristol, entre as pontes "Second Severn Crossing" e a "Severn Bridge".
Distância: 680,0 km
Velocidade média: 63 KM/h
Consumo médio: 8,9Lts
Tempo de Condução: 10H46
17º dia, Segunda-Feira 01-09-2016: Bristol (Inglaterra) - Calais (França)
Saída de Bristol pelas 07H35.
Chegámos a Calais pelas 23H45 (00H45 hora local de França).
Travessia de barco entre Dover e Calais: €96,35
Dormimos na área "Campingcar-Infos" APN Nº 8815.
Latitude : (Nord) 50.9329° Décimais ou 50° 55′ 58′′
Longitude : (Est) 1.81105° Décimais ou 1° 48′ 39′′
Embora o local de pernoita não fosse de cinco estrelas, a noite foi passada em sossego. Devido às peripécias da véspera que nos obrigou a mudar de rota, não tendo ido a Cardiff, resolvemos passar por lá antes de tomarmos a direção de Dover. Cardiff é uma cidade pequena mas bonita, com bastante arvoredo e construções baixas mas modernas. Chuvia copiosamente e como tal nem deu para parar. As fotos que tiramos foram de dentro da autocaravana. Foi pena mas o tempo também não abundava, pois tínhamos de estar pelas 21H30 em Dover e estava com algum receio de qualquer atraso devido a algum engarrafamento. Marquei o GPS para o centro de Cardiff, entrando pela parte Oriental, demos uma volta pelo porto, e centro da cidade, e saímos pela parte Ocidental. Não dava para mais. Seguimos viagem em direcção a Dover. A chuva cada vez era mais intensa e a viagem estava a ser difícil, não só devido ao muito transito mas também à imensa chuva e estrada com muita água. Não dava para ir com muita velocidade e optei pela segurança. Após o almoço ocorrido numa área de serviço próximo de Londres, a chuva diminuiu de intensidade, vindo mesmo a parar quando nos aproximamos de Dover. Afinal era ainda muito cedo e dirigimo-nos para a área de serviço que tinha seleccionado para descansar antes da travessia para Calais. Este parque já não existia como possibilidade de pernoita, sendo mesmo proibido o estacionamento nesse local. Foi pena pois as vistas sobre o Canal da Mancha eram soberbas. Jantamos num retido da estrada e dirigimo-nos para o parque de estacionamento à entrada do porto de embarque. A travessia decorreu sem problemas no “Spirit of France”. (Este enorme navio podia transportar até 2000 passageiros, 180 camiões ou 1059 carros. Um monstro marinho) Quando chegamos a Callais já era de noite (00H30) o que juntamente com a muita chuva que entanto voltou em força não ajudou nada aos primeiros minutos de condução pela direita principalmente a primeira rotunda. Era normal pois andei 15 dias a conduzir alguns milhares de quilómetros pela esquerda. Após a saída do porto de Calais, os ânimos estavam muito agitados, com um enorme contingente de polícias com arma em punho a correr atrás de alguns refugiados. Chuvia copiosamente e mal chegamos ao local de pernoita, adormecemos de imediato.
Travessia da ponte "Severn Bridge".
Entrada em Gales.
Entrada em Cardiff
Primeiras casas de Cardiff
Porto de Cardiff
Rio "Ely River".
Estádio e parte da cidade de Cardiff
Estrada de saída de Cardiff pela zona Oeste.
Nova reentrada em Inglaterra.
Vejam a autocaravana que encontrei no local do almoço.
Chegada a Dover,
Local classificado como parque onde seria possível pernoitar mas que tinha acabado de ser proibido.
Vistas soberbas sobre Calais, do alto da colina branca que tanta curiosidade cria a quem a observa de França.
Dover situada no sopé da colina branca.
Porto de Dover.
Entrada no “Spirit of France”.
Enorme zona comercial dentro do “Spirit of France”.
Sala de estar do “Spirit of France”.
Distância: 508,8 km
Velocidade média: 62 KM/h
Consumo médio: 8,6Lts
Tempo de Condução: 08H09
18º dia, Terça-Feira 02-09-2016: Calais - Lamotte Beuvron
Saída de Calais pelas 09H35.
Metemos gasóleo em Calais (Carrefour) – 55,14 lts - € 58,39 (1,059 €/L)
Metemos mais Gasóleo em Orleans - 44,06 Lts - € 45,60 (1,035 €/L)
Total dos abastecimentos - 99,20 Lts - € 103,99
Chegámos a Lamotte Beuvron pelas 20H35.
Dormimos na área "Campingcar-Infos" CCI - 5314.
Latitude : (Nord) 47,59789º
Longitude : (Est) 2,02553º
Como o cansaço era muito, nem me apercebi se durante a noite choveu muito ou pouco ou mesmo se não choveu, mas quando acordei, a chuva caía com intensidade. Como o local de estacionamento e pernoita se situa no parque de estacionamento de uma grande superfície comercial onde também está o Carrefour, decidimos ir às compras assim como atestar de gasóleo antes de iniciar viagem até Lamotte Beuvron. Verificamos que no parque onde se situava as bombas de gasolina existia uma área de serviço onde aproveitamos para efectuar a manutenção da autocaravana. A viagem foi feita na normalidade, sempre acompanhada de chuva até às imediações de Dreux. Quando chegamos à área de serviço de Lamotte Beuvron para pernoitar, a mesma estava completa, mas como estava a contar em sair logo pela manhã, qualquer cantinho chegava. Foi o que fiz, estacionando entre duas outras autocaravanas, sem ficar a estorvar a ninguém, evidentemente.
Em Calais acordamos com chuva e na companhia desta autocaravana.
próximo de Évreux Encontramos na faixa contrária este enorme acidente.
Em Lamotte Beuvron encontramos a área superlotada, mas sempre deu para mais uma.
Distância: 468,6 km
Velocidade média: 58 KM/h
Consumo médio: 10,2Lts
Tempo de Condução: 07H59
19º dia, Quarta-Feira 03-09-2016: Lamotte Beuvron (França) - San Sebastian (Espanha)
Saída de Lamotte Beuvron pelas 06H40.
Metemos gasóleo em Irun – 64,52 lts - € 58,00 (0,899 €/L)
Chegámos a San Sebastian pelas 19H20.
Dormimos na área Campercontact: Parking Donostia Arena (sitecode: 18491).
Latitude : (Nord) 43.29742º
Longitude : (Oest) -1.96958º
Conforme tinha previsto na véspera, a saída de Lamotte Beauvron aconteceu muito cedo.A viagem era longa e sabíamos que teríamos de chegar à área de serviço de San Sebastian bem cedo, caso contrário seria impossível estacionar na mesma ou nas redondezas. Assim aconteceu. Viagem longa, escolhendo as estradas e autoestradas sem pagar, sem nada a registar. Assim que chegamos a Baiona as filas eram intermináveis, mas como estávamos de férias e quem corre por gosto não cansa, não valia a pena irritarmo-nos. Após a travessia da fronteira e entramos em Espanha, apareceram uma bombas de combustível a preço imbatível. 0,899 €/L. Em San Sebastian dirigimo-nos à área de serviço habitual, Campingcar Infos CCI - 6548, aproveitamos para efectuar a manutenção à autocaravana, mas lugar para pernoitar não havia, nem nas redondezas. Optamos por nos dirigir à outra área de pernoita de San Sebastian do lado de cima do estádio de futebol, (Anoeta Estádio), junto à praça de touros (Illumbe). Aqui reinava a anarquia, com muitas roulotes estacionadas, furgonetas transformados e até muitas tendas montadas nos jardins do estacionamento. Era só uma noite e optamos por ficar por aqui. Noite barulhenta mas tranquila.
Estacionamento superlotado nas proximidades da área de serviço CCI - 6548 de San Sebastian.
Outro estacionamento lotado junto à estrada
Ainda mais um outro. Desistimos de estacionar por estes lados.
Local de pernoita junto à praça de Touros.
Pernoita com vistas para o Estádio Anoeta.
Uma das muitas roulotes estacionada neste local rebocada por um carro de bombeiros alemão.
Algumas tendas estacionadas num "nicho" de relva.
Mais tendas, enfim...
Distância: 709,4 km
Velocidade média: 65 KM/h
Consumo médio: 9,3Lts
Tempo de Condução: 10H54
20º dia, Quinta-Feira 04-09-2016: San Sebastian - Combra
Saída de San Sebastian pelas 07H20.
Metemos gasóleo em Fuentes de Oñoro – 60,90 lts - € 58,40 (0,959 €/L)
Chegámos a Coimbra pelas 20H20 (21H20 hora Portuguesa).
Mais uma viagem entre San Sebastian e Coimbra sem nada a registar.
Proximidade da fronteira.
Fronteira entre Espanha e Portugal.
Enfim, Portugal.
Esta é a comissão de boas vindas de Vilar Formoso. Assim está bem.
Distância: 795,5 km
Velocidade média: 78 KM/h
Consumo médio: 10,2Lts
Tempo de Condução: 10H10
Notas Finais:
- A condução em Inglaterra, além de ser muito intensa, ninguém buzina seja por que motivo for. Não têm nenhum problema de mesmo com prioridade, deixarem passar outro ou mesmo pararem para deixarem meter outro automobilista à sua frente. É uma condução sem stress o que facilita as coisas quando estamos em situações sobre pressão.
Ao contrário de Inglaterra, a condução na República da Irlanda é um pouco mais difícil. Na maioria das estradas, o limite de velocidade é de 80Km/h, o que em muitas estradas é completamente impossível. Andei em estradas com os dois sentidos, bastante sinuosas, onde mal cabia a minha autocaravana, chegando a ter menos de um palmo da autocaravana para os muros laterais. Agora imaginem a 80Km/h no meio de uma curva onde me aparecesse um carro pela frente. Era estoiro pela certa. As estradas em todo o Reino Unido e principalmente na Irlanda, exceptuando as auto-estradas, são de largura muito reduzida, havendo mesmo muitas em que não passam um carro pelo outro, tendo de ser aproveitadas ambas as bermas, quando for possível.
- O Gasóleo no Reino Unido é muito caro, chegando a custar nas auto-estradas £1,339 (€1,60) e fora das auto-estradas a £1,119 (€1,34), na República da Irlanda era nas auto-estradas a €1,15 e fora das auto-estradas a €1,11.
- Nas auto-estradas tudo é possível encontrar, desde semáforos, possibilidade de sair para o lado direito (Aqui conduz-se pela esquerda), tractores a circular, rotundas, …
- Para adquirir as travessias, nunca deixar para os últimos dias pois podem estar esgotadas, pelo menos as mais baratas, ou as que ainda existirem, serem significativamente mais caras.
- Vale a pena adquirir a CCI - Carta de campista internacional, pois a mesma custa €14 e só o desconto nos 4 dias no parque de campismo em Londres - Crystal Palace foi de £ 48 (€57,60)
FIM
