quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega 2013 (Parte 2)


Paulo Leal

Continuação de: Férias 2013 (Parte 1)

 

 

 

 

 

12º dia, Quarta-Feira 14-08-2013: Nordkape (Noruega) - Vittangi (Suécia).

                                                          

Saída do estacionamento de Nordkape, pelas 08H30 

Metemos gasóleo em alta, – 40,06 lts - 568,45 NOK = €72,75 (14,19 NOK/L = 1,816 €/L)

Chegamos a Vittangi pelas 22H15

Dormimos no parque de estacionamento junto ao parque desportivo de Vittangi.

Latitude : (Nord) 67.67884° Décimaux
Longitude : (Est) 21.63398° Décimaux

Preço:

Gratuito

 

Encontrávamo-nos em Nordkape. Parecia um sonho. Para aqui estar foram feitos muitos planos, muitas horas de sonho, muita estratégia, muita hora de insónia, e muito cansaço de uma viagem de quase 6000 km, para já não contar com a despesa. Há que saborear aqueles momentos. A noite foi passada acordado, constantemente a entrar e sair da auto caravana para apreciar a paisagem, ver o sol que teimosamente não baixava da linha do horizonte e tirar fotografias. Nem o frio gélido que se fazia sentir no exterior me fazia demover de andar de um lado para o outro.

Depressa chegamos às 07H00 da manhã e o movimento no exterior começou a aparecer, Até aí parecia eu o único que estava acordado. O que é certo é que embora estar por ali era o realizar de um sonho, pouco ou nada mais havia que ver ou fazer por aquelas paragens, e não nos podia-mos esquecer que o tempo de férias era limitado, pois encontrávamo-nos sensivelmente a meio da viagem e também do tempo que dispunha de férias. Tínhamos de partir, pois havia ainda muitos quilómetros para andar até casa, assim como muito local para visitar. A Noruega com a sua capital assim como os Fiordes esperavam por nós. 

Decidimos partir, não sem antes ainda tivesse-mos voltado ao edifício para comprar umas pequenas lembranças assim como adquirir o diploma comprovativo da nossa passagem por Nordkape.

08H30. Estava na hora de partir. O destino planeado seria Karesurando, já na Suécia, depois de termos passado da Noruega para a Finlândia e de seguida, da Finlândia para a Suécia. Karesurando fica mesmo na fronteira, e segundo o "campingcar-infos", aí existia um parque de estacionamento onde era permitido a pernoita das autocaravanas. Era esse o nosso destino.

Partimos, com um sentimento de nostalgia, mas lembravamo-nos que mais aventuras esperavam por nós. Os Fiordes e Oslo eram alguns desses locais.

O regresso fez-se com o silêncio a dominar. A estrada é a mesma, e os túneis tinham de voltar a ser atravessados. Até Karesurando, nada de especial se passou, excepto o atravessar das fronteiras da Noruega para a Finlândia e da Finlândia para a Suécia.

Ao chegarmos ao local do parque de estacionamento, verificamos que o mesmo continha um sinal de proibido estacionar, pois existiam obras no local. A povoação era pequena e embora tivéssemos andado de um lado para o outro, nenhum local aprazível existia para pernoitar. Como ainda era cedo, resolvemos partir até à próxima povoação ou local registado para pernoita. Segundo o GPS, o mapa e o o roteiro que tínhamos com as áreas de serviço do Campingcar-infos, a próxima povoação seria Vittangi a 100 Km, mas até lá existiam mais dois locais assinalados onde era permitido estacionar e pernoitar. Embora o sol estivesse alto, já eram 19H00. O cansaço era muito, pois a noite (com sol) anterior tinha sido passada acordado, mas tinha de ser.

Passado poucos quilómetros apareceu uma placa de obras na estrada com alguns dizeres em Sueco. Bem, se eu soubesse o que sei hoje... foram 40 quilómetros de estrada em manutenção, com o pavimento em gravilha. Quando passava os 20 km/h, parecia o Iraque, com aquela gravilha toda a embater  na parte de baixo da autocaravana. Não dava para ir mais depressa. Até doía só de pensar nos estragos que aquela gravilha estaria a provocar. passamos pelos dois locais de estacionamento e pernoita permitido. Nada feito. Um deles estava ocupado pelas máquinas e materiais da obra, transformado em estaleiro. O outro pura e simplesmente não existia. Resolvemos seguir até Vittangi, apesar do cansaço e fome, pois passava das 21H00 e nada de jantar. Só queria-mos arranjar um local para pernoitar.

Eram 22H00 quando entramos em Vittangi, e depois de ter dado uma volta por esta pequena povoação, resolvemos encostar junto ao parque desportivo. Local muito cuidado, com campo de futebol relvado e também um recinto onde os mais jovens podiam brincar. Boa escolha, pois passamos uma noite agradável e sossegada.

 

Distância: 630,4 km

Consumo médio: 8,5 Lts

Tempo de Condução: 10H35

 

Evoluir da posição do Sol, entre as 18H00 e as 08H00 sem nunca ter desaparecido na linha do horizonte.

 

Diploma comprovativo da passagem por Nordkape

 

Paisagem de Nordkape.

 

 Burburinho constante entre edifício e esfera armilar em Nordkape.

 

  

Parque de pernoita no Cabo Norte.

 

Sistema de portagens à entrada de Nordkape.

 

Aí estava o sinistro túnel, mais uma vez. 6870 Mts de comprimento com 12% de inclinação e 212 mts de profundidade. Brrr.

 

Grande manada de renas, mesmo ao lado da estrada.

 

 

Fronteira entre a Noruega e a Finlândia.

 

Fronteira entre a Finlândia e a Suécia, em Karesuando.

 

 

Estado em que encontra o piso de uma das estradas principal na Suécia. Trata-se da E10, Incompreensível...

 

 

Local de pernoita em Vittangi.

 

 

 

 

13º dia, Quinta-Feira 15-08-2013:Vittangi - Storuman.

                                                          

Saída do estacionamento de Vittangi, pelas 09H00 

Metemos gasóleo em Arvidsjaur, – 69,08 lts - 990 SEK = €114,05 (14,33 SEK/L = 1,65 €/L)

Chegamos a Storuman pelas 21H30

Dormimos no parque de estacionamento, com WC e recolha de lixo, à saída de Storuman, à beira da E45.

Latitude : (Nord) 65.06605° Décimaux
Longitude : (Est) 17.09644° Décimaux

Preço:

Gratuito

 

O cansaço acumulado dos dias e noites anteriores era muito, e como o local encontrado para pernoita em Vittangi era muito sossegado, deixamo-nos dormir durante mais tempo para recuperar algumas forças.

Pelas 09H00 iniciamos viagem. Efectuamos a manutenção à autocaravana numa área de serviço muito boa situada em lappesuando, AA CCI Nº 13891, N - 67,48965; E - 21,12074. Aconselho, muito boa. De seguida atravessamos novamente o Circulo polar, agora em sentido contrário, Norte sul, não existindo nem de perto nem de longe o mesmo "aparato"  encontrado na Finlândia. 

Mais nada a referir durante toda a viagem até Storuman, excepto que a estrada em manutenção (manutenção, digo eu...) com piso em gravilha continuava. Um autêntico inferno. A paisagem voltou ao normal, com muitos lagos e floresta, ainda escasseando as renas.

 

Distância: 528 km

Consumo médio: 9,0 Lts

Tempo de Condução: 07H30

 

Área de serviço de lappesuando. Muito boa com óptimas condições para efectuar a manutenção e pernoitar.

 

Circulo polar que atravessa a E45.

 

Marco do Circulo Polar.

 

Estrada E45 com piso em gravilha. Um terror.

 

Parque de estacionamento em Storuman. 

 

 

 

 

14º dia, Sexta-Feira 16-08-2013:Storuman (Suécia) - Trondheim (Noruega).

                                                          

Saída do estacionamento de Storuman, pelas 07H40 

Metemos gasóleo em Stromsund, – 27,25 lts - 388,04 SEK = €44,70 (14,24 SEK/L = 1,64 €/L)

Chegamos a Trondheim pelas 19H30

Dormimos no parque de estacionamento com pernoita autorizada, APN CCI Nº 21209 de Trondheim .

Latitude : (Nord) 63.44563° Décimaux
Longitude : (Est) 10.44276° Décimaux

Preço:

Gratuito

 

Após a saída de Storuman e de termos efectuado a manutenção da autocaravana numa A.S. bastante boa, em Meselefors AA CCI Nº 13899, alem da passagem da fronteira entre a Suécia e a Noruega, pouco mais há a reportar, alem de que a AS CCI Nº 13594, em Stjordal, próximo de Trondheim, Noruega não foi encontrada por nós, assim como o parque de estacionamento em Trondheim AP CCI Nº 11731 não era próprio para pernoitar. Optamos por ficar no parque APN CCI Nº 21209, acompanhados por mais 5 autocaravanas. Sossegado, e relativamente perto do centro da cidade, a qual é a 3ª maior da Noruega.

 

Distância: 554,4 km

Consumo médio: 8,3 Lts

Tempo de Condução: 08H48

 

A estrada com mau piso continuava...

 

 

A.S. em Meselefors

 

Fronteira entre a Suécia e a Noruega.

 

 

Parque de pernoita em Trondheim.

 

 

 

 

15º dia, Sábado 17-08-2013:Trondheim - Sunndalsora.

                                                          

Saída do estacionamento de Trondheim, pelas 08H00 

Metemos gasóleo em Trondheim, – 31,00 lts - 421,60 NOK = €53,96 (13,60 NOK/L = 1,74 €/L)

Metemos gasóleo em Molde, – 30,19 lts - 400,02 NOK = €51,20 (13,25 NOK/L = 1,70 €/L)

Chegamos a Sunndalsora pelas 19H00

Dormimos na A.S. de Sunndalsora, ASN CCI Nº 19015. (Aconselho, um espetáculo).

Latitude : (Nord) 62.67299° Décimaux
Longitude : (Est) 8.55317° Décimaux

Preço:

Electricidade e serviços: - 150 NOK colocados num envelope e colocados numa cx. do correio das instalações locais do clube de pesca, proprietária do local.

 

 

Após uma noite em que a chuva não deu descanso, resolvemos dar uma volta pela cidade. Cidade portuária moderna, bonita e bem planeada, essencialmente constituída por vivendas no meio de jardins. Parecia que estava deserta, possivelmente por ser Sábado. Não perdemos muito tempo e seguimos viagem.

Efectuamos a manutenção da autocaravana na A.S. CCI Nº 10905, em Fagerhaug.

Mais uns quilómetros à frente, em Oppdal quando saímos da E6 para Molde, começamos a ver os imensos montes cheios de neve nos cumes, com inúmeras quedas de água a jorrarem monte abaixo. Espectáculo deslumbrante. À beira da estrada seguia um rio enorme, com uma enorme corrente.

Ao passar por  Sunndalsora, verificamos que existia uma área de serviço com excelentes condições. Água, despejos, electricidade, parque de estacionamento, e o rio mesmo ali ao lado. Almoçamos aí e seguimos viajem para Molde.

O nosso destino era a muito famosa Ponte Storseisundbrua na Atlanterhavsveien - " The Atlantic Road", mas ainda tinha alguma esperança que de seguida, seguíssemos para sul, atravessando de barco, e fosse-mos visitar o muito famoso " Fiorde Geiranger", património da humanidade.

Passamos Molde e seguimos para "The Atlantic Road". Quando lá chegamos ficamos deslumbrados. Mais um sonho concretizado. 

Esta ponte na realidade, são vários lanços de ponte que unem inúmeras ilhas. A meio da ponte, onde a corrente era mais intensa, encontravam-se aproximadamente meia centena de pescadores a "sacar" salmão a um ritmo alucinante, utilizando somente uma grande linha com vários anzóis com amostras. Ai que raiva, e eu só a ver...

Finalmente chegamos ao lanço mais espectacular. A chamada Ponte Storseisundet, considerada pelo "The Guardian" como a melhor viagem do mundo. Não tenho palavras para a descrever, assim como a sensação com que se fica ao atravessa-la.

Vale mesmoa pena visita-la.

No regresso, e ao atravessar Molde, ainda tentei mais uma vez convencer  a Guida a atravessarmos de barco para visitar Geiranger. Sem sucesso. Nada a fazer. Tinha-mos de voltar pelo mesmo trajecto e regressar a Sunndalsora, à A.S. onde tínhamos almoçado, agora para jantar e pernoitar. Foi o que fizemos, não antes sem admirar a envolvência de todos aqueles Fiordes ladeado de  altas montanhas carregadas de neve, com autênticos rios a despenharem-se montes abaixo em resplandecentes cascatas. Um espectáculo.

 

Distância: 460,5 km

Consumo médio: 7,7 Lts

Tempo de Condução: 08H02

 

Trondheim.

 

 

A.S. Fagerhaug.

 

 

Restaurante contíguo à A.S. Fagerhaug coberto com os famosos telhados Nórdicos.

 

A caminho de Molde. Paisagem deslumbrante.

 

A caminho de Molde. A neve no cume dos montes.

 

 

Cascatas que alimentam os Fiordes.

 

Ponte Storseisundbrua.

 

 

Ponte Storseisundbrua vista pelo lado norte.

 

 

Alguns dos pescadores de Salmão numa das pontes.

 

 

Ponte Storseisundbrua.

 

 

A.S. de  Sunndalsora.

 

Lamento não saber Norueguês. Só quando cheguei a Portugal é que por curiosidade traduzi o que aqui estava e vi que esta A.S. era paga. 150 NOK colocados num envelope e colocados numa cx. de correio. Lamento, mas como não sabia, não paguei. Também ninguém me pediu dinheiro. Fico aliviado por não ter ligado a Autocaravana à electricidade. Do mal o menos. Pelo menos não lhes causei despesa.

 

 

 

16º dia, Domingo 18-08-2013:Sunndalsora - Oslo.

                                                          

Saída da A.S.  de Sunndalsora, pelas 07H06 

Chegamos a Oslo pelas 16H30

Dormimos na A.S. de Oslo, ASN CCI Nº 2993. (Aconselho vivamente, muito boa para visitar Oslo).

Latitude : (Nord) 59.91924° Décimaux
Longitude : (Est) 10.67678° Décimaux

Preço:

200 NOK

 

Neste dia de viagem, o nosso objectivo era chegar a Oslo. O tempo estava péssimo, pois tinha começado a chover pelas 05H00 da manhã e cada vez estava com mais intensidade. Esta chuva ininterrupta acompanhou-nos sempre até Oslo. Um dia para esquecer. Chuva, chuva e mais chuva.

Ao programar o GPS para a área de serviço de Oslo, sem passar pelas auto-estradas, o GPS dizia que não encontrava estrada. Vi logo que tinha de "gramar" mais uma portagem.

Esta viagem não teve nenhum ponto de interesse. 

Ao chegar à entrada de Oslo, lá entramos na auto-estrada, entrando na cidade por túnel. Sendo assim nem conseguia-mos ver a cidade, mas pelo menos, dentro dos túneis não chovia.

Só passado aproximadamente uma hora de termos entrado na A.S. junto à marina, é que de um momento para o outro, parou de chover, tendo ficado o céu completamente limpo e mais tarde estrelado.

Sendo assim ficamos com boas perspectivas de, no dia seguinte, poder visitar Oslo com boas condições climatéricas.

A área de serviço estava quase lotada, mas lá conseguimos ficar. Não é barata, mas ideal para visitar Oslo, tendo boas condições. Os 200 NOK (25,6€) incluíam WC com chuveiros de água quente, serviços de manutenção da autocaravana, assim como electricidade. Tudo incluído.

Toca a dormir para recuperar forças para o dia seguinte.

 

Distância: 492,0 km

Consumo médio: 8,4 Lts

Tempo de Condução: 08H14

 

 

Ao longo das principais estradas na Noruega, existem bastantes áreas de descanso geralmente todas com WC, recolha de lixo, e torneira de água que permite abastecer a autocaravana, algumas como esta também têm mesas.

 

Mesma área de repouso. 

 

 

Chuva, chuva e mais chuva.

 

Junção de dois rios. Veja-se a diferença de cores da água.

 

 

A.S. Oslo. O mau tempo estava a passar.

 

Finalmente o bom tempo. Marina de Oslo onde se situa a A.S.

 

A.S. de Oslo.

 

 

 

 

17º dia, Segunda-Feira 19-08-2013:Visitar Oslo na parte da manhã e Oslo (Noruega) - Tofta (Suécia).

 

Saída da A.S.  de Oslo, pelas 14H00

Metemos gasóleo em Hogstorp, Suécia, – 54,53 lts - 795,60 NOK = €91,65 (14,58 SEK/L = 1,68 €/L)

Chegamos a Tofta pelas 20H00

Dormimos na A.S. de Tofta, parque de estacionamento junto às bombas da Statoil. (Para pernoitar é quanto basta).

Latitude : (Nord) 57.16748° Décimaux
Longitude : (Est) 12.27650° Décimaux

Preço:

Gratuito.

100 SEK por electricidade.

 

Acordamos cedo, com um sol radioso. Tudo se conjugava para efectuar uma visita agradável a Oslo. Vamos a isso.

Saímos da área de serviço pelas 07H45. Entre outras, levava-mos como referências as múltiplas marinas, a Câmara de Oslo, a Ópera, O Parlamento, O Hard Rock Café, Universidade a o Palácio Real.

Iniciamos o percurso a pé, num trajecto específico ao longo das marinas, de um lado, e do outro uma correnteza de edifícios de linha moderna, onde as janelas e marquises envidraçadas dominavam por completo as fachadas. Entre a estrada e o mar destacam-se duas pistas. Uma para circular a pé e outra para se circular de bicicleta. Sem dúvida que estes povos tem paixão pela natureza.

As marinas são um espectáculo. Podem-se vislumbrar desde o barco a remos o mais pequeno, até os grandes paquetes que trazem os turistas, assim como grandes transatlânticos carregados de automóveis e mercadorias, tudo sem Stress, nem confusões. Muito aprazível, mesmo.

Optamos por seguir sempre junto ao mar, pois assim tinha a certeza que iria encontrar a tão famosa Ópera de Oslo e sendo assim, encontrávamo-nos no centro.Assim foi. A Ópera não tardou. Que espectáculo. Ficamos deslumbrados.

Pelo exterior subimos ao cimo do edifício, onde se tem umas vistas deslumbrantes sobre a cidade. Entramos dentro do edifício, onde se encontra um café. Tambem neste predominam os vidros, pelos quais entra uma claridade radiosa, o que torna ainda mais deslumbrante esta autêntica obra de arte. Seguimos para o centro da cidade onde existe uma zona pedonal. 

Nesta zona já é constituída por grandes edifícios, cujas fachadas predominava a pedra, com grandes janelas, muitas delas arqueadas, dando um estilo muito próprio a esta cidade.

Uma das ruas principais é a Rua Karl Johans, Ladeada por bonitos vasos com umas flores vermelhas, as quais desconfio serem sardinheiras. (Desculpem-me a minha ignorância nesta matéria).

Sensivelmente a meio desta rua, encontrava-se o Edifício do Parlamento, o qual não dava para se poder visitar por se encontrar em Obras. Até aqui os Noruegueses são preciosistas. Os andaimes não se viam, pois estavam tapados com um panal com a fotografia fiel da fachada do edifício. Confesso que ao princípio e quando ainda me encontrava algo distante, não me apercebi e julguei que foce mesmo o edifício. Seguimos viagem, passando em frente ao Grande Hotel. Mais um edifício grandioso.

Logo mais à frente, na mesma rua, lá esta  o Hard Rock café. Muito movimentado, mais até do que o de Copenhaga e Estocolmo. Aqui nas redondezas encontrava-se a Universidade, ao cimo da rua o Palácio Real (este também fechado para obras), e um pouco antes  o edifício da Câmara Municipal, onde se entrega o Prestigiado Prémio Nobel da Paz. Um sonho.

Não poderia deixar de referir que a rua em frente da Câmara Municipal estava repleta de carros todos eles de tração eléctrica e ligados com um cabo elétrico a um postalete com tomada. Eram umas dezenas largas de carros. Este não é só um conceito ecológico mas sim um símbolo de alto rendimento financeiro que estas famílias possuem. No centro das avenidas, entre bonitos jardins, encontravam-se esplanadas repletas de pessoas a gozarem deste tempo magnífico ensolarado. As "beldades" Norueguesas pareciam autênticos camarões ao sol.

Pouco mais havia para visitar, e as pernas já se estavam a ressentir dos quilómetros andados. Decidimos regressar à Autocaravana e seguir viagem para a Suécia, de regresso a casa. (Ou talvez ainda tivéssemos tempo para gozar dois dias de praia em Cambrils).

                                      

Distância: 363,8 km

Consumo médio: 9,7 Lts

Tempo de Condução: 04H55

 

Pormenor da via reservada pedonal e bicicletas.

 

Marina de Oslo.

 

 

 Zona nova da cidade, junto à marina.

 

"Harbour Clock" na Marina de Oslo.

 

Navio de cruzeiro acabado de atracar.

 

 

Ópera de Oslo.

 

Vistas da parte superior do edifício.

 

Interior do edifício.

 

 

Início da Rua Karl Johans, com o palácio real ao cimo da rua.

 

Parlamento de Oslo protegido com tela devido a obras.

 

Hard Rock Café de Oslo.

 

Universidade de Oslo.

 

Palácio Real em obras.

 

Jardim frontal à Câmara Municipal,

 

Relógio astronómico na fachada da Câmara municipal.

 

Salão Nobre da Câmara Municipal "Radhaus" onde se entrega o Prémio Nobel da Paz. Simplesmente espectacular.

 

Ministério dos Negócios estrangeiros - Oslo.

 

Um dos parques de estacionamento de carros eléctricos.

 

Jardim do Palácio Real.

 

Fronteira entre a Noruega e a Suécia.

 

 

Área de serviço de Tofta - Suécia. Electricidade 100 SEK.

 

 

 

 

18º dia, Terça-Feira 20-08-2013: Tofta (Suécia) - Dulmen (Alemanha).

                                                          

Saída do estacionamento de Tofta, pelas 08H40 

Metemos gasóleo em Odense (Dinamarca), – 20,00 lts - 235,20 DKK = €31,59 (11,76 NOK/L = 1,579 €/L)

Metemos gasóleo em Flensburg (Alemanha), – 20,00 lts -  €30,58 (1,52 €/L)

Chegamos a Dulmen pelas 22H25

Dormimos na área de serviço de Dulman, área "Campingcar-Infos" ASN Nº 5749.

Latitude : (Nord) 51.82629° Décimaux ou   51° 49′ 34′′ 
Longitude : (Est) 7.27168° Décimaux ou   7° 16′ 18′′ 

Preço:

Gratuito

 

Este dia de viagem não teve grandes motivos de interesse. O nosso objectivo era o de "galgar quilómetros" para ver se conseguia-mos ainda ter dois diazitos de praia em Cambrils, sul de Espanha.

De salientar somente as passagens de fronteira entre a Suécia e Dinamarca e entre a Dinamarca e Alemanha, assim como atravessar novamente a ponte "Oresund" e a Ponte "Little Belt". 

 

Distância: 1020,8 km

Consumo médio: 9,5 Lts

Tempo de Condução: 12H04

 

Entrada na Ponte Oresund com as respectivas portagens.

 

 

Portagem.

 

Fronteira entre a Suécia e Dinamarca, a meio da ponte Oresund. Copenhaga ao fundo.

 

Ponte Little Belt

 

Área de serviço em auto-estrada Padborg- Dinamarca.

 

Fronteira Dinamarca - Alemanha.

 

 

 

 

19º dia, Quarta-Feira 21-08-2013: Dulmen (Alemanha) - Lamotte Beuvron (França).

                                                          

Saída do estacionamento de Dulmen, pelas 07H30 

Metemos gasóleo em Dulmen (Alemanha), – 79,92 lts -  €115,00 (1,43 €/L)

Metemos gasóleo em Étampes (França), – 57,64 lts -  €79,00 (1,37 €/L)

Chegamos a Lamotte Beuvron pelas 21H00

Dormimos na área de serviço de Lamotte Beuvron, área NKC ID 10349.

Latitude : (Norte)  47.598126°
Longitude : (Este)   2.024929°

Preço:

Gratuito

 

Mais um dia sem história. Andar, andar, andar.

Objectivo, chegar a Lamotte Beuvron que já conhecíamos quando por lá passamos no dia 04-08-2014.

Atravessar a fronteira entre a Alemanha e a Holanda, atravessar a fronteira entre a Holanda e a Bélgica, atravessar a fronteira entre a Bélgica e a França, e por fim a aventura que será atravessar Paris possivelmente ao fim do dia, em hora de ponta.

 

Distância: 765,8 km

Consumo médio: 9,0 Lts

Tempo de Condução: 11H00

 

Fronteira entre a Alemanha e a Holanda.

 

 

Holanda, sempre linda e plana.

 

Fronteira entre Holanda e a Bélgica.

 

Fronteira entre a Bélgica e a França.

 

Paris. Ai onde eu me fui meter. Hora de ponta. Tirem-me daqui...

 

 

 

 

20º dia, Quinta-Feira 22-08-2013: Lamotte Beuvron (França) - Santa Júlia de Lória (Andorra).

                                                          

Saída do estacionamento de Lamotte Beuvron, pelas 07H30 

Chegamos a Andorra pelas 19H30

Dormimos na área de serviço do Centro Comercial River, Andorra, área ASN CCI Nº 19355.

Latitude : (Norte)  42.4525°
Longitude : (Este)   1.48675°

Preço:

Tudo gratuito. Recomendo, Muito boa mesmo.

 

Acordamos de manhã com o objectivo de chegar a Andorra. Aí alem de atestar o depósito de gasóleo a bom preço, aproveitava-mos para comprar mantimentos. Aí vamos nós para mais uma maratona.

 

Distância: 719,1 km

Consumo médio: 10,0 Lts

Tempo de Condução: 09H58

 

Esta área de serviço em Lamotte Beuvron é mesmo espectacular.

 

Ou se chega cedo ou dificilmente conseguimos uma vaga para pernoitar.

 

Fronteira entre França e Andorra. A chuva apareceu novamente.

 

Chegada a Andorra.

 

 

 

 

21º dia, Quinta-Feira 23-08-2013: Santa Júlia de Lória (Andorra) - Cambrils.

                                                          

Saída da A.S. River, pelas 13H00 

 

Chegamos ao parque de campismo Joan em Cambrils pelas 18H00

Metemos gasóleo nas bombas contíguas à A.S. pertença do Hipermercado River, – 78,11 lts - €91,08 (1,16 €/L) + %6 talão desconto = €85,62

Dormimos no Parque de Campismo Joan, em Cambril, área ASN CCI Nº 19355.

Latitude : (Norte)  41.056173°
Longitude : (Este)   1.027922°

Preço: €52 (€31 da Parcela com tudo incuido + € 7 por pessoa).

 

 

Acordamos de manhã com o objectivo de comprar mantimentos, fazer a manutenção da autocaravana, atestar de gasóleo, almoçar cedo e seguir para a praia.

Foi isso que fizemos. O único ponto de interesse para relatar foi o de atravessar a fronteira. Esta sim, ainda com a "Guardia Civil" a efectuar revista tanto no exterior como no interior das viaturas.

Quando chegamos ao parque de Campismo, e por ainda ser cedo, ainda fomos dar um mergulho. Água do mar a 27 graus. Parecia caldo.

 

Distância: 213,3 km

Consumo médio: 9,7 Lts

Tempo de Condução: 04H03

 

 

Zona da manutenção da área de serviço do Hipermercado River, em Santa Julia de Lória - Andorra.

 

Eu a fazer a manutenção da "cassete" da autocaravana.

 

 

Rio Valira com as suas águas claras a correr mesmo ao lado da área de serviço.

 

 

 

 

22º dia, Sexta-Feira 24-08-2013: Dia de praia em Cambrils.

 

 

 

 

23º dia, Sábado 25-08-2013: Cambrils - Coimbra.

                              

Saída do Parque de Campismo Joan, em Cambrils pelas 08H00.

Chegamos a Coimbra pelas 18H00

Metemos gasóleo em Móra D'Ebre, – 25,08 lts - €34,01 (1,35 €/L).

Metemos gasóleo em Fuentes De Onhoro , – 77 lts - €102,33 (1,32 €/L).

 

O objectivo deste dia era chegar a Coimbra. Para tal não nos podia-mos "distrair". Como situação que merece ser comentada foi que ao contrário de outras vezes, em vez de contornar Madrid pelo Norte, pela M-40, contornamos pelo Sul, pela M-30, estrada essa que passa por baixo da bancada do Estádio do Atlético de Madrid, Vicente Calderon. Não sabia era que era dia de jogo. A confusão era total, com a polícia a tentar conter o impeto dos adeptos mas estava difícil.

Tudo correu bem até Coimbra, sem mais nada para reportar.

Chegou ao fim.

 

Distância: 1073,8 km

Consumo médio: 9,0 Lts

Tempo de Condução: 14H43

 

Proximidade do Estádio Vicente Calderon, Madrid. A circulação estava dificil.

 

 

Quanto mais perto do Estádio, mais difícil era circular.

 

 

Estádio Vicente Calderon.

 

 

Túnel sobre a Serra de Guadarrama. Quem atravessou os túneis próximo do Cabo Norte, este era um autêntico luxo.

 

 

Não quero acabar este relato sem antes tecer uns comentários.

 

 

1º - Ir ao Cabo Norte, para quem só tem 1 mês disponível é uma verdadeira aventura, pois é uma autêntica maratona, mas como se costuma dizer, "quem corre por gosto não cansa". Já li relatos de viagens ao Cabo Norte em que no final aconselham a não se meterem nesta aventura, pois alem da distância e cansaço, o que se iria encontrar não valia a pena tal esforço. Pessoalmente não sou da mesma opinião. Dou por bem empregue quilómetro a quilómetro que percorri para ver tudo o que relatei neste post. Vale a pena, não desistam. Só entrando nesta aventura é que podemos dizer se gostamos ou não.

 

2º - Em oposição ao stress da viagem, a "calmaria" que encontramos e sentimos em toda a Escandinávia é uma realidade. As próprias pessoas transmitem-nos um "relax" difícil de explicar. Nunca assisti a nenhuma sitação de correria, stress, alguém aos berros... Tudo calmo.

 

3º - Na Noruega, no que diz respeito às auto-estradas, existem elas com portagens, principalmente à entrada das grandes cidades, com o intuito de não terem tanto trânsito nas cidades. Pagamento manual com portageiros só no túnel entre Molde e a "Atlantic Road". As restantes são automáticas como a nossas "Ex Scuts". Como tal, ou subscrevem um sistema de "Autopass" idêntico ao nosso "Via Verde" para as auto-estradas, ou então se optarem como eu por pagar as portagens nas bombas específicas (julgo que são todas da Esso), guardem sempre os talões religiosamente, pois comigo, passado alguns meses de ter chegado a casa, recebi uma carta onde me apresentavam a conta para pagar. De seguida tive de enviar cópias dos mesmos para fazer prova dos pagamentos. Não sei o que pensar... Ou foi para ver se pegava, ou os Noruegueses são mesmo muito desorganizados. Concluindo: Ficou beliscado a imagem que tinha deste povo. A sensação com que fiquei foi que eles "estão-se nas tintas" para os turistas, pois não precisam deles para nada, muito pelo contrário, não fazendo o mínimo esforço para nos entenderem ou mesmo para nos facilitar a vida. 

 

4º - Contem em pagar o litro do Gasóleo a perto de 1,90 €/Lt. É uma "pipa de massa" só para o gasóleo  que é necessário para percorrer tanto quilómetro.

 

5º - O custo de vida é muito caro nos países escandinavos. Levem o máximo possível de cá, ou pelo menos da Alemanha. Nem que seja da cidade fronteiriça de Flensburg onde existem vários Lidl.

 

6º - A Língua é um obstáculo. Chegamos a comprar carne que sinceramente não sei se seria de Veado, de Rena, sei lá. Mas era boa, e ainda não morri. As embalagens de leite, tanto pode ser leite como iogurte. O que encontra escrito geralmente está na sua lingua, raramente está em Inglês, e nas outras línguas não existe. O lema é "desenrasquem-se" que ninguém vos cá chamou.

 

7º - A sensação de segurança está em todo o lado. Não me lembro de ver polícia, mas também nunca assisti a nenhum furto ou crime. As senhoras dão-se ao luxo de nos supermercados, deixarem o carrinho com as compras e a carteira no seu interior e andarem a pé no meio dos corredores. ninguém mexe em nada que não seja seu.

 

 

Qualquer dúvida que tenham ou se precisarem de algum esclarecimento, contactem-me.

 

 

FIM

 

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